Outro dia eu estava conversando com o Gil Eanes, um amigo e instrutor bastante experiente de artes marciais. Falamos um pouco sobre o quanto o treinamento em artes marciais pode ou não ser um meio hábil efetivo para as pessoas melhorarem suas vidas, de fato.
Ele conta que conheceu muitos, muitos praticantes nos últimos anos. Diz que mesmo entre lutadores profissionais, professores, mestres, treinadores, o mais corriqueiro é encontrar egos inflados, relações viciadas, bajulação e inveja – o padrão com que operamos mais habitualmente, aí também, bem escancarado.
Será que a
prática de artes marciais – além de melhorar nossa saúde física, consciência
corporal etc – pode também nos ajudar a melhorar as relações, desenvolver maior
estabilidade, equilíbrio emocional, relaxamento, e principalmente nos ajudar a
superar em alguma medida a nossa raiva, inveja, orgulho, torpor,
autocentramento…?
Ou será que essa
é uma visão muito romântica e idealista das artes marciais?
Talvez Bruce Lee também acreditasse nisso |
O Gil diz que,
apesar de tudo, encontrou também pessoas admiráveis e desenvolveu amizades
raras no mundo das artes marciais. Diz que acredita muito nesse potencial de
transformação, e que na verdade é isso que o motiva mais a continuar praticando
e ensinando, diariamente. Diz que gostaria muito de encontrar um jeito de
explorar esse potencial de forma mais proveitosa, direta, com resultados mais
rápidos e evidentes.
Pra mim, que o
tenho acompanhado, me parece que ele está num bom caminho pra isso.
E fico bem feliz
de ver o processo, até porque eu mesmo gosto de acreditar nisso também.
Bom, lá pelo fim
do papo estávamos lembrando dos lutadores mais famosos, e ele comentou que, até
onde conhecia, gostava bastante do Lyoto Machida, da postura
dele nas lutas e falas. Fiz uma busca rápida no Youtube e encontrei este vídeo,
que achei bem interessante, bonito:
“A técnica vence
a força, mas o espírito vence a técnica.”
“É isso que o
samurai fala também: se você não tem o desconforto, você procura o desconforto,
não só o caminho fácil.”
Gosto
bastante também desta fala de Ip Chun:
“A mentalidade
do estudante no aprendizado de artes marciais é a de superar os seus problemas
e se fortalecer. Todo mestre deveria exigir isso de seus estudantes. Seja para
enfrentar situações caóticas, ou mesmo crises financeiras.
Eu acredito que
aqueles que continuarem a usar a violência como uma solução vão declinar.
Aqueles que usam
Wing Chun apenas para lutar – pensando que pode-se enfrentar até 9 oponentes de
uma vez – bom, eu digo que isso não serve de nada para resolver os problemas da
nossa sociedade.”
E
agora me lembro também de uma fala do Lama Padma
Samten:
“É muito
difícil a habilidade de se mover pelo meio do mundo, e até mesmo lutar, mas
livre. Esta é a prática nas artes marciais.
Você
luta, vai até o fim, aos limites, e não se engana, não se identifica com os
obstáculos que surgem e faz o que precisa ser feito.
Este é o
princípio da ação lúcida no mundo.”
E vocês,
como veem? Têm encontrado professores e praticantes com um engajamento e
visão que vão além da mera porradaria?
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Aviso aos navegantes que esse post não é originalmente meu, mas gostei tanto da matéria que quis compartilhar com vocês.
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Aviso aos navegantes que esse post não é originalmente meu, mas gostei tanto da matéria que quis compartilhar com vocês.
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Principal Fonte: Papo de Homem
Acho que as artes marciais sim podem melhorar nossas vidas, e também podem salvar muita gente do caminho errado. Um menino ou menina quando começa a praticar alguma arte marcial está em um meio são. Esse menino ou menina podem não vir a ser um grande artista marcial, no entanto ele estará sempre no caminho certo e não se desviará às más companias e escolhas de má vida.
ResponderExcluirAbraços!
Concordo com você totalmente. Você viu os vídeos? Gostei muito desse material. Acredito nas artes marciais por isso. Obrigado pelo comentário.
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