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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ex-técnico da Seleção busca talentos do Taekwondo

Precisa-se de Taekwondista com agilidade, velocidade, inteligência, coordenação motora, comprometimento e mentalidade de campeão. Não precisa comprovar experiência. Desde 2009, quando deixou o comando da Seleção Brasileira de Taekwondo, o técnico Carlos Negrão viaja pelo País em busca de talentos.

Segundo ele, o Brasil tem vários atletas de qualidade escondidos nas academias, esperando por oportunidades. "Tem muita gente com potencial, mas atletas de alto rendimento são poucos. Em 2009, comecei a montar projeto para detectar talentos. Como viajava muito para seminários aproveitei para apontar atletas com potencial", declarou Negrão, que também treina as categorias de base de São Caetano.

Ele explicou que o objetivo é que a modalidade possa se renovar e contar com novos representantes. Atualmente, os grandes nomes do Brasil são Natália Falavigna (bronze em Pequim-2008), Diogo Silva e Márcio Wenceslau. "Penso em fazer levantamento com os atletas e apresentar à Confederação (Brasileira de Taekwondo)", comentou.

A fórmula, contudo, parece dar certo. A cidade de Osasco precisava de Taekwondistas para disputar os Jogos Regionais. Negrão indicou alguns atletas de Minas Gerais. Eles vieram para São Paulo, disputaram o torneio e tiveram o segundo melhor desempenho na competição, atrás apenas de São Caetano.

Mas este não é o único modo de promover talentos no País. Negrão defende, acima de tudo, o trabalho com as categorias de base. "Não dá para pensar em alto rendimento sem investir na base. Qualquer projeto esportivo deve começar por aí", avaliou.

Ele destacou que essa é a única alternativa para que os brasileiros possam subir mais vezes nos pódios das competições internacionais. Mas a preparação de Taekwondista campeão leva tempo. "Não dá para resolver o problema do Brasil em quatro anos, mas sei que teremos representantes no Rio com chance de medalha", disse o treinador.

Se nos Jogos de Londres a Seleção não mandou muito bem, o técnico acredita que o Brasil deve surpreender na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Por sediar o evento, pela primeira vez o País será representado por quatro atletas, a cota máxima para cada nação.

"Temos aqui celeiro de atletas. Somos um País diferenciado, mas é tudo questão de investimento", concluiu Negrão.


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