Precisa-se de Taekwondista com agilidade,
velocidade, inteligência, coordenação motora, comprometimento e mentalidade de
campeão. Não precisa comprovar experiência. Desde 2009, quando deixou o comando
da Seleção Brasileira de Taekwondo, o técnico Carlos Negrão viaja pelo País em
busca de talentos.
Segundo ele, o Brasil tem vários atletas de
qualidade escondidos nas academias, esperando por oportunidades. "Tem muita gente com potencial, mas
atletas de alto rendimento são poucos. Em 2009, comecei a montar projeto para
detectar talentos. Como viajava muito para seminários aproveitei para apontar
atletas com potencial", declarou Negrão, que também treina as
categorias de base de São Caetano.
Ele explicou que o objetivo é que a modalidade
possa se renovar e contar com novos representantes. Atualmente, os grandes
nomes do Brasil são Natália Falavigna (bronze em Pequim-2008), Diogo Silva e
Márcio Wenceslau. "Penso em fazer
levantamento com os atletas e apresentar à Confederação (Brasileira de
Taekwondo)", comentou.
A fórmula, contudo, parece dar certo. A cidade de
Osasco precisava de Taekwondistas para disputar os Jogos Regionais. Negrão
indicou alguns atletas de Minas Gerais. Eles vieram para São Paulo, disputaram
o torneio e tiveram o segundo melhor desempenho na competição, atrás apenas de
São Caetano.
Mas este não é o único modo de promover talentos no
País. Negrão defende, acima de tudo, o trabalho com as categorias de base.
"Não dá para pensar em alto rendimento sem investir
na base. Qualquer projeto esportivo deve começar por aí", avaliou.
Ele destacou que essa é a única alternativa para
que os brasileiros possam subir mais vezes nos pódios das competições
internacionais. Mas a preparação de Taekwondista campeão leva tempo. "Não dá para resolver o problema do
Brasil em quatro anos, mas sei que teremos representantes no Rio com chance de
medalha", disse o treinador.
Se nos Jogos de Londres a Seleção não mandou muito
bem, o técnico acredita que o Brasil deve surpreender na Olimpíada do Rio de
Janeiro, em 2016. Por sediar o evento, pela primeira vez o País será
representado por quatro atletas, a cota máxima para cada nação.
"Temos
aqui celeiro de atletas. Somos um País diferenciado, mas é tudo questão de investimento", concluiu
Negrão.
FONTE: Diário do Grande ABC
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